A câmera se afasta um pouco e mostra Sarah e Manu conversando do outro lado do pátio.
Manu fica pensativa com as palavras de Sarah.
VICTOR - (narrativa) Algumas pessoas às vezes perdem muito tempo pensando no que os outros vão pensar e não focam na própria felicidade. Eu me incluo nesse meio.
CENA 6: INTERNA. COLÉGIO ANGLO - SALA DE AULA. DIA
Rafael está na sala organizando seus materiais após uma aula. Kiara chega até ele, na sala vazia. Eles se beijam.
Kiara sorri sarcástica.
Kiara abre um sorriso.
Kiara passa os braços ao redor do pescoço de Rafael e os dois se beijam.
VICTOR - (narrativa) Mas tem outros que já não precisam passar tanto tempo pensando no que os outros vão pensar. Eles já nascem sabendo. Manipuladores natos.
CENA 7: INTERNA. CASA DE VICTOR. DIA
Eliza está sentada, bem abatida. Márcia se senta ao lado dela.
Márcia desaba em lágrimas.
CENA 8: FLASHBACK. INTERNA. IML. NOITE
DOIS MESES ATRÁS. Márcia entra no lugar chorando muito. Um médico legista a guia até o corpo.
MÁRCIA - (off) Eu entrei naquele lugar muito abalada com a possibilidade do meu filho estar morto. Eu estava desesperada.
Junto do médico, Márcia chega ao necrotério muito desolada. O médico a leva até o corpo que está coberto por um pano branco. O homem abaixa um pouco o lençol para que Márcia consiga ver o rosto do cadáver.
MÁRCIA - (off) Eu vi o meu filho morto. O rosto dele estava um pouco desfigurado, ele deve ter sido muito espancado antes de morrer...
A câmera foca em Thyago morto. Sua face está completamente roxa e cortada, cheia de hematomas. Em sua testa a marca de 2 balas, ele havia sido assassinado com tiros na cabeça. Márcia cai desacordada nos braços do médico ao ver o filho naquele estado.
MÁRCIA - (off) É uma cena que eu nunca vou esquecer. O meu filho, todo machucado, gelado numa cama de necrotério. É a coisa mais dura que pode existir para uma mãe.
CENA 9: INTERNA. CASA DE VICTOR. DIA
SONOPLASTIA: https://youtu.be/-cCPDtpM2f8
Márcia está chorando muito com as lembranças do acontecido. Eliza a abraça.
A câmera vai se afastando mostrando mãe e filha muito desoladas, abraçadas.
CENA 10: INTERNA. MANSÃO VENTURA. DIA
A tarde já chegou. Henrique entra com Victor em seu quarto. Sem que Victor perceba, ele tranca a porta.
Victor passeia pelo local. Ele observa atentamente cada detalhe nas prateleiras. Os objetos, como as miniaturas de personagens em quadrinho por exemplo, revelam alguns traços até então desconhecidos da personalidade de Henrique.
VICTOR - (narrando) O seu quarto diz muito sobre você. E o do Henrique não é diferente. Nas paredes, há uma grande explosão de cores. Uma bagunça visual. Pôsters, recortes, miniaturas. Um caos, assim como Henrique.
Enquanto Victor observa cada detalhe do ambiente, Henrique vai se aproximando dele aos poucos. Ele o abraça por trás e passa as mãos por volta de sua cintura.
Mais beijos, mais carícias, mais toques. Ventura se dedica ao pescoço do garoto, enquanto sua mão dedilha pela roupa, até chegar no meio das pernas de Victor que se arrepia.
SONOPLASTIA: https://youtu.be/9QUbgMXKB_o
Victor se vira para Henrique de frente e os dois começam a se beijar. Um beijo lento, mas um pouco mais selvagem e com desejo. Henrique tira a camiseta que usava
Enquanto o beija, Victor aproveita o tronco desnudo do mesmo. Passa sua mão pelo peitoral do garoto, brinca com seus mamilos, desce pelo abdômen, tocando cada um dos gomos de sua barriga, por fim, chega até às calças de Henrique. Ele já está completamente duro. Duro a ponto de que seu pênis esteja marcado completamente pela calça.
HENRIQUE - Você é tão lindo, Victor.
Henrique leva as mãos até as nádegas de Victor, apertando o lugar. Victor arfa com o toque. Henrique é rápido em arrancar as roupas de Victor, o deixando apenas com sua cueca.
Em seguida, empurra o mesmo de costas na cama. Victor sente o membro duro de Henrique encostando em suas nádegas. Ele geme com as mãos firmes do moreno em seus ombros, assim como a respiração quente em seu ouvido.
Victor se deita e Henrique retira a cueca que ele usava. Ventura desce depositando beijos lentos por toda a extensão das costas de Victor, até chegar em suas nádegas. Ele beija e aperta, bem sensual.
Logo ele começa a realizar sexo oral na parte de trás de Victor, que geme contido. Ele segura firme no lençol da cama.
Victor inclina seu pescoço para que consiga beijar o moreno. Henrique pega o tubo de lubrificante que deixara ali por perto, molhando dois de seus dedos. Ventura beija Victor lentamente, enquanto vai pouco a pouco, levando seus dedos até a entrada do garoto.
Victor arfa e inclina as costas ao sentir os dedos de Henrique começando a penetra-lo. Ele se sente incomodado e quase pede para o moreno tirar, porém, maior do que o incômodo, é o prazer em sentir o corpo quente e suado de Henrique colado ao seu.
Quando Victor finalmente consegue colocar inteiros, ele começa a movimentar. O desconforto sentido por Victor, se transforma em completo prazer. Ele morde o lábio interior e joga sua cabeça para trás, recebendo beijos de Henrique. Ele aumenta o movimento dos dedos.
VICTOR - (ofegante) Eu... Eu preciso de você dentro de mim.
Henrique retira seus dedos. Ele abre uma camisinha com cuidado, em seguida lubrifica o próprio pênis, antes de voltar a se posicionar atrás de Victor.
HENRIQUE - Você está pronto?
Victor assente com a cabeça. Henrique beija seu pescoço, morde seus ombros e masturba Victor, enquanto com cuidado, leva seu pênis até a entrada do garoto. Victor fecha os olhos ao sentir a glande inchada de Henrique tentando penetra-lo. Ventura força e só para quando está totalmente dentro do cacheado.
Enquanto se beijam, Henrique começa a mover sua cintura, indo para frente e para trás aos poucos. Ele sabe que tudo está correndo bem quando alguns gemidos começam a escapar dos lábios de Victor, e não são gemidos de dor, e sim de prazer.
O membro quente de Henrique pulsando dentro de si, a mão do moreno tocando seu pênis e os lábios rosados que não param nenhum minuto de o beijar e sussurar coisas gostosas em seu ouvido. Victor sente que vai enlouquecer de prazer.
CENA 11: INTERNA. MANSÃO FERNANDES. DIA
Ítalo está sentado em sua escrivaninha, mexendo no celular distraído. Ele abre a galeria e bebe um gole do suco que estava na mesa.
ÍTALO - Acho que está na hora de dar uma esvaziada aqui. Daqui a pouco eu não vou ter mais armazenamento nenhum.
Ele vai passando pelo rolo da câmera do aparelho. Podemos ver muitas fotos descontraídas de Victor, durante as aulas.
Em uma sequência podemos observar uma foto provavelmente batida sem que Victor tivesse percebido, enquanto ele copiava algo em seu caderno. Na segunda, uma foto de Victor notando que o rapaz tirava fotos dele. E na terceira, Victor apontando o dedo do meio para a câmera do celular. Ítalo esboça um sorriso.
ÍTALO - Nunca pensei que uma pessoa podesse revirar minha vida em tão pouco tempo...
Ele desliga o aparelho e fica pensativo. Sem que perceba, quase no automático, ele começa a arrancar as peles do canto de de seus dedos por conta da ansiedade. Na verdade pensar em Victor, era um motivo de grande ansiedade pra Ítalo.
VICTOR - (narrando) Parece estranho eu narrar uma cena de alguém pensando em mim, eu sei. Mas no fundo eu sei bem como o Ítalo se sente. Ele não tava tão nervoso só por mim em si, e sim pelo que eu representava. Se ele quisesse assumir para o mundo o que sentia, primeiramente ele teria que enfrentar o pai e falar sobre a sexualidade. Tudo isso para no fim correr o risco do sentimento nem ser recíproco. É um turbilhão de informações em no cérebro dele ao mesmo tempo.
Ítalo esboça uma expressão de angústia. Ele encolhe as pernas, retraído.
VICTOR - (narrando) É como em uma guerra. Quando duas grandes potências se enfrentam, os países menores tendem a se prejudicar. Era isso que estava acontecendo na cabeça do Ítalo. A razão e a emoção dele estavam em guerra, e quem sofria as consequências era ele.
A câmera vai se afastando aos poucos. Ítalo apaga a luz de seu quarto deixando ligado apenas as fitas de LED em cima, que deixavam o quarto em tons predominantes de azul.
CENA 12: INTERNA. CASA DE ALAN. DIA
Podemos escutar alguns gemidos. Evelly está por cima de Alan na cama. Ela faz movimentos de vai e vem em cima do rapaz. As respirações vão ficando mais ofegantes e os gemidos mais altos. Logo eles chegam ao ápice. Evelly sai de cima de Alan e se deita ao seu lado.
Alan se levanta e coloca sua cueca.
Alan beija Evelly na bochecha e ela se derrete. Basta muito pouco, para que o rapaz consiga controle total sobre a morena.
Evelly volta para os braços do rapaz, que tem um sorriso de malícia no rosto.
CENA 13: INTERNA. MANSÃO VENTURA. DIA
Henrique e Victor estão sobre a cama de cueca. Os lençóis estão revirados. Victor está deitado sobre a barriga de Henrique, que brinca com os cachos bem definidos do mesmo. Victor está com o celular em mãos mostrando algumas fotos de sua família.
Henrique sorri com a fala convencida de Victor.
Victor passa para uma foto de sua família completa. Sua avó, sua mãe, seu irmão e ele. Provavelmente tirada da época em que Thyago ainda morava com eles.
VICTOR - Essa é a minha família toda. Esse aqui do canto, é o meu irmão que faleceu.
Henrique se levanta assustado. Ele tira o celular das mãos de Victor e da um zoom no rosto de Thyago.
CENA 14: FLASHBACK. INTERNA. COMUNIDADE. DIA
HENRIQUE - (off) Isso deve ter mais ou menos uns dois meses, eu acho.
As casas são um pouco mal acabadas e os portões possuem bastante ferrugem. A cena corta para uma conversa entre Thyago e Sérgio.
A câmera vai se afastando e mostra Henrique dentro de um carro estacionado ali perto.
HENRIQUE - (off) Não deu para escutar direito o que eles estavam conversando. Eu só estava lá parado porque eu queria comprar um pouco de maconha. Mas ele parecia estar ameaçando o seu irmão.
CENA 15: INTERNA. MANSÃO VENTURA. DIA
A cena volta para o quarto de Henrique. Victor parece angustiado.
Victor encara Henrique.
Victor se levanta da cama nervoso e começa a se vestir.
Henrique puxa Victor pelo braço.
Victor termina de vestir a calça e a camiseta que usava antes do momento com Henrique. Ele caminha até a porta.
VICTOR - Eu espero não te ver mais daqui para a frente, Henrique.
Victor se retira do local. Os olhos de Henrique se enchem de lágrimas.
CENA 16: INTERNA. ESCRITÓRIO - COMUNIDADE. DIA
A câmera passeia pelo local, bem mal iluminado. Um armário cheio de gavetas com nomes de revendedores e planilhas mal feitas, pode ser avistado. Um homem está sentado enquanto Sérgio conversa com ele.
O homem se levanta. A câmera mostra que na verdade se trata de Humberto, pai de Ítalo.
A câmera mostra Humberto com um olhar frio. Em sua mesa podemos ver uma ficha com o nome de algumas pessoas que compram maconha e cocaína na mão de Sérgio. Podemos ver o nome de Henrique e um pouco mais abaixo o nome de Thyago, com um "X" vermelho.
CENA 17: INTERNA. CASA DE MANU. DIA
A câmera passeia pelo quarto de Manu. O local é pequeno, mas confortável. Nas prateleiras muitos livros e objetos de sua infância.
MANU - Você consegue.
SONOPLASTIA: https://youtu.be/RpLZ6bYfBaQ
Ela se deita em sua cama, desliga a luz e deixa apenas o abajur ligado. Ela desabotoa a calça jeans que usava e fica apenas de calcinha. Ela coloca as mãos por cima da peça íntima e também massageia as pernas, a barriga e toda a região próxima a seu órgão genital.
Ela retira a peça que usava e passeia os dedos por toda a extensão de sua vulva. Ela faz movimentos circulares sobre o clitóris.
No começo parece um pouco desconfortável, mas logo vai se sentindo mais a vontade com toques. Ainda massageando o clitóris, ela penetra um dedo na abertura da vagina. Arfa com o próprio toque.
Com o dedo dentro de si, ela sobe a mão que passava por seu clitóris para os seios ainda cobertos pela camisa e pelo sutiã.
A câmera se afasta lentamente, mostrando Manu com as mãos entre as pernas. Em certos momentos ela ainda parece desconfortável, mas aos poucos vai encontrando um bom ritmo.
[Encerramento]: https://youtu.be/3hi2U8t2ZBs
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