SONOPLASTIA: “Watermelon Sugar” - Harry Styles
https://www.youtube.com/watch?v=E07s5ZYygMg
TAKES de Florianópolis entram em cena. Pontos conhecidos da cidade como o Centro histórico, Mercado Municipal, as praias mais conhecidas, Ponte Hercílio Luz.
LEGENDA: FLORIANÓPOLIS - SC
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CENA 05. FLORIANÓPOLIS. PRAIA DA JOAQUINA. EXTERIOR. DIA
PLANO ABERTO na Praia da Joaquina. Toda uma estrutura montada para o campeonato estadual de Surf que acontece no local. Muita gente na praia, curtindo entre grupos. Muitos jovens, mas também outro público mais velho, patrocinadores, empresários. Todos atentos de olho no mar.
LOCUTOR: Começa a última bateria do campeonato Estadual de Surf, aqui, nessa belíssima tarde de Sol na Praia da Joaquina! E liderando a prova, está o nosso favorito ao prêmio esse ano: Rafael Casanova!
A cam desvia para o mar e em TAKES DESCONTÍNUOS mostramos a prova, onde jovens competidores (homens e mulheres) participam do campeonato. Várias manobras com as pranchas, passam por dentro das ondas, entre eles, vamos dar FOCO em RAFAEL, lindo, alto, corpo atlético. Ele arrasando nas ondas, liderando a prova até o final.
Um sinal sonoro encerra a competição, consagrando Rafael como vencedor.
LOCUTOR: O bicampeão estadual de Surf aqui em Floripa é Rafael Casanova!
Rafael comemora, sob a prancha. Abre os braços, cai no mar. Comemora.
CORTE PARA a praia, onde a cam procura LUCAS, ele olha em direção à praia, expressão fechada, óculos escuros. Seu punho se fecha, demonstrando raiva. Em SEGUNDO PLANO, ARMANDO se aproxima dele, óculos escuros, roupa social, fechado. SONOPLASTIA OFF.
ARMANDO: Lucas?!
Lucas abre o punho, vira-se para Armando e abre um sorriso falso.
LUCAS: O senhor viu? O Rafa ganhou o campeonato... Mais um ano!
ARMANDO: Nada novo sob o Sol. Com o tempo que o Rafael perde dentro desse mar, milagre que ainda não tenha virado um peixe.
Lucas ri, Armando permanece sério. Lucas desfaz o riso.
ARMANDO: Escuta, eu preciso que você continue vigiando o Rafael pra mim, Lucas.
LUCAS: Seu Armando, o senhor acha mesmo necessário? O Rafa é um cara tão gente boa, responsável/
ARMANDO: (Corta) Responsável? Nós não estamos falando da mesma pessoa. O Rafael é um cabeça de vento, só faz burrada. Pegar onda é a única coisa que esse moleque ainda faz direito. Você é amigo dele, mas eu sou o pai! Eu sei o que é melhor pra ele. Continua de perto e me passa todas as coordenadas. Ok?
Lucas balança a cabeça positivamente. Armando concorda e vai saindo, com o celular no ouvido. Lucas olha em direção à praia.
LUCAS: (Inveja) Moleque mimado!
Nele, com extrema inveja de Rafael. CORTA PARA Rafael subindo ao pódio dos campeões, Lucas ali próximo, comemora falsamente com o amigo.
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CENA 06. FLORIANÓPOLIS. BEIRA-MAR SHOPPING. INTERIOR. DIA
Por entre as galerias do Beira-Mar Shopping, FOCO em ALANA e DELFINA desfilando por entre os corredores, abarrotadas de sacolas.
SONOPLASTIA: “Salt” - Ava Max
https://www.youtube.com/watch?v=2EfE0vhxt1o
CLIPE animado das duas entrando em várias lojas e saindo cheias de sacolas. Delfina rodopia pelos corredores, feliz da vida em estar gastando sem poder mais. Alana disfarça, com vergonha da mãe. Pessoas passam olhando as duas. Delfina se realizando, passa tomando um milk-shake, enquanto ostenta um lindíssimo colar de brilhantes. Alana tirando selfies pelo local.
CORTA PARA Delfina e Alana no terraço do shopping, vista linda para a praia e para o centro da cidade. SONOPLASTIA OFF.
DELFINA: Ai, Alana, isso aqui é outra vida! Morar em Floripa não é aquele fim de mundo de Ilha Azul. Tenho que convencer o seu pai a mudar pra cá de vez!
ALANA: Pirou, mãe?! Papai é prefeito de Ilha Azul. Jamais vai largar a prefeitura pra mudar pra cá. Jamais! (Sorri) E eu adoro ser a filha do prefeito!
DELFINA: Primeira-dama do buraco de Ilha Azul nunca foi meu plano de carreira, but... É o que tá tendo!
Ri, mexe nos cabelos. As duas se olham, riem. O celular de Delfina toca.
DELFINA: (Tel./ Ri espalhafatosa) Amooooooor, tava aqui agorinha falando com a Alana de você. Comprei um presentinho que é tua cara, Jorge!
Delfina muda de expressão. Desfaz o sorriso.
DELFINA: (Tel./ Disfarça) Chegou mensagem do cartão de crédito? (P) Excedeu, é?! Que absurdo!
Delfina e Alana trocam olhares. Delfina engole seco.
DELFINA: (Tel.) Mas também, meu peixão, esse seu cartão é quase crédito universitário, não dá pra porcaria nenhuma! Qualquer vestidinho é um estouro! (P) 20 mil?! Nem percebi, Jorge! Ain, que besteira... (Afasta o celular) Tá, não precisa gritar. Meu oftalmo disse que tô ótima dos ouvidos. Calma!
ALANA: Mamãe, oftalmo não é dos olhos?
Delfina fuzilando Alana com o olhar. Nela.
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CENA 07. ILHA AZUL. PREFEITURA. FRENTE. EXTERIOR. DIA
PLANO ABERTO mostrando a simplória, mas bem cuidada prefeitura de Ilha Azul. JORGE vem saindo do interior, com o celular no ouvido. Atrás dele, em segundo plano, vem andando DOUGLAS, bem capacho, com pasta na mão.
JORGE: (Tel./ Tom) Agora, Delfina! Quero que você volte imediatamente pra Ilha Azul! (P) Eu juro pra você, que se você gastar alguma coisa mais que não seja a passagem de volta pra casa, eu corto um por um dos seus vestidos! (P) Duvida, é?! Você não conhece Jorge Dunas! (P) Agora!
Jorge desliga o celular. Douglas se aproxima, correndo.
DOUGLAS: Prefeito, as suas coisas!
JORGE: Douglas, te juro que essa mulher ainda vai conseguir me enlouquecer antes mesmo de eu me reeleger na prefeitura!
Douglas ri. Jorge vai se afastando da prefeitura, cruzando a praça central da cidade. A cam vai mostrando o movimento do pequeno comércio local. Na praça, estão Verena e Noah, os dois sentados no banco, namoram. Ela sente uma tontura ao levantar, Noah se preocupa, levanta-se junto.
NOAH: Tá sentindo alguma coisa, meu amor?
VERENA: Foi só uma tontura. (Força sorriso) Mas já passou.
NOAH: Você tá pálida, Verena! Eu vou te levar pra casa.
VERENA: Não precisa, Noah.
NOAH: Precisa sim. Eu vou me sentir mais seguro. Vem. Vamos.
Noah vai levando Verena até a pensão de dona Fifi, próximo da praça, com grandes janelões abertas para a praça. Instrumental comédia.
FOCO em DONA FIFI, na janela de casa, espiando ao lado de ELVIRA um casal se beijando próximo dali.
ELVIRA: Mamãe, olha aquilo! Dizem que ele separou da mulher não faz uma semana, já tá com essa desclassificada beijando na praça!
D. FIFI: Mas é o fim do mundo, Elvira! E pra todo mundo ver! Aposto que já tava metendo galha antes mesmo de separar! É uma dadivosa desfrutável.
ELVIRA: (Não entende) Dadivosa, mamãe?
Dona Fifi vai explicar, mas Verena chega abraçada a Noah.
D. FIFI: Posso saber que sem-vergonhice é essa pra todo mundo ver, dona Verena?
NOAH: Sua neta passou mal, dona Fifi. Achei melhor trazer ela em casa.
ELVIRA: (Desconfiada) Passou mal? Assim, do nada?
Elvira e Dona Fifi se entreolham, desconfiadas. Noah ajuda Verena a entrar. Elas não desgrudam da soleira da janela.
ELVIRA: Mamãe, tá pensando a mesma coisa que eu?
D. FIFI: Tô! Mas não quero pensar nisso! Olha, se for barriga... Verena não me escapa!
Dona Fifi ali desconfiadíssima.
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CENA 08. ILHA AZUL. VILA DE PESCADORES. EXTERIOR. DIA
Marina vem andando pela praia em direção a casa de Marés. Ela para em frente a porta e vê uma caixa em frente a porta principal. Estranha. Se aproxima e vê dentro da caixa uma garrafa com um bilhete. Ela fica intrigada e puxa o bilhete. Abre.
MARINA: (Lendo) “Marina, acredito que o que você mais queira nesse dia é saber qual a sua verdadeira origem. Não consegui criar você quando nasceu, então, o único presente que eu consigo te dar nessa data é a verdade sobre quem você é. Te espero na praia hoje a noite. Da sua mãe...”
Marina arregala os olhos, treme de nervosismo. Encosta-se na parede de casa.
MARINA: Minha mãe?!
Marina ali perdida com o presente recebido.
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TAKES de Florianópolis. Sol se pondo no horizonte. FRENTE da bela mansão da família Casanova. Um carro importado vem entrando pelos grandes portões que vão se abrindo.
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CENA 09. FLORIANÓPOLIS. MANSÃO CASANOVA. SALA. INTERIOR. DIA
Armando entra pela sala. PLANO ABERTO mostrando o luxo presente na decoração da mansão da família. Rafael vem descendo as escadas, somente de bermuda.
RAFAEL: Pai, tava onde? Te procurei depois da prova na praia e nem te encontrei.
ARMANDO: Isso é jeito de ficar andando pela casa, Rafael? Quase pelado!
RAFAEL: (Ri) Quase pelado?! Com esse calor, o senhor ainda tá me vendo com muita roupa. Minha vontade é ser naturista.
Armando balança a cabeça negativamente. Rafael o encarando.
RAFAEL: Não ganho nem um parabéns pelo campeonato?
ARMANDO: (O encarando) Parabéns eu vou te dar quando você se formar em uma faculdade e quando escolher uma carreira que te faça um homem bem-sucedido. Não por pegar umas ondas na praia e por isso ser melhor que um bando de moleques também sem juízo.
Rafael sentido com as palavras de Armando.
RAFAEL: Eu juro que já tentei fazer tudo pra te agradar, mas eu desisto! Nada do que eu faça vai ser o bastante pro grande Armando Casanova, empresário do ano. Meu Deus, você não é capaz de ficar feliz por mim, um pouquinho só? É só trabalho, trabalho!
ARMANDO: Eu trabalhei muito pra chegar onde eu estou, Rafael. Com certeza não foi surfando que eu consegui isso. E quanto a ficar feliz por você, eu vou conseguir quando você ser o filho que eu sonhei ter.
Rafael concorda, olhos marejados, mas sorri amarelo.
RAFAEL: Não tem problema. O senhor também nunca foi o pai que eu quis ter. Acho que empatamos no quesito frustração!
Rafael sobe as escadas correndo. Armando impaciente esmurra um móvel.
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CENA 10. MANSÃO CASANOVA. QUARTO DE RAFAEL. INTERIOR. DIA
Rafael entra furioso, pega uma mochila, abre um armário e vai colocando roupas dentro. Lucas ali sentado na cama, o encarando.
LUCAS: O que é isso?
RAFAEL: Cansei de ser o filho imperfeito do grande modelo de homem perfeito. Tô metendo o pé daqui.
LUCAS: Metendo o pé? Qual foi, indo embora?
RAFAEL: Por enquanto não. Vou dar um tempo por aí, fazer uma viagem. Sei lá. Eu preciso respirar ar puro. Se eu ficar aqui, eu sinto que tô afogando no seco.
Lucas concorda.
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CENA 11. MANSÃO CASANOVA. ESCRITÓRIO. INTERIOR. DIA
Abre em Lucas contando para Armando sobre Rafael. Armando sentado atrás de uma mesa no escritório.
ARMANDO: Esse menino é um grande irresponsável mesmo. Nunca vai crescer, virar homem! Eu quero que você siga ele pra onde ele for, Lucas! Seja os meus olhos e ouvidos... Aliás, seja o grilo falante do meu filho. E me mantenha informado!
LUCAS: (Concorda) É claro. Pode deixar!
Em Lucas planejando.
SONOPLASTIA: “Quero Ser Feliz Também” - Natiruts
https://www.youtube.com/watch?v=W_tiWYt5YTI
Anoitece em Florianópolis. Pontos são mostrados. Arredores da rodoviária no centro da cidade.
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CENA 12. RODOVIÁRIA. EXTERIOR. NOITE
Movimentação comum no local. Ônibus entrando e saindo dos box das empresas de viação. Um ônibus pequeno, simples ali parado. Rafael anda por ali afobado. Compra uma passagem qualquer e vê aquele ônibus ali. Ele sorri. Olha para a placa mostrando o destino: “ILHA AZUL - SC”.
Rafael entra no ônibus. Instantes e o veículo parte dali, rumo ao seu destino. Em SEGUNDO PLANO, uma moto começa a seguir o ônibus. A cam FOCA em close e mostramos Lucas na moto. O ônibus indo no horizonte, rumo à Ilha Azul.
SONOPLASTIA OFF.
As luzes das casas em Ilha Azul começando a se acender. O pequeno centro se ilumina com luzes na praça. CORTA para a vila de pescadores, silenciosa, apenas com as luzes vindas das casinhas locais.
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CENA 13. ILHA AZUL. PRAIA. EXTERIOR. NOITE
Clima de mistério e aura mágica rondando a praia. Marina vem andando pela praia, olha para os lados e procura alguém. Ela se aproxima de um ponto com grandes rochas, bem próximo do mar.
EFEITO: Uma luz clara e intensa ilumina a lua cheia, iluminando o local onde Marina está.
Marina coloca as mãos sobre os olhos, tentando enxergar. Sobre as pedras, uma visão parece mágica: Uma linda mulher (cena 01) está ali sentada. A cam dá close em seu belíssimo rosto, olhos azuis, cabelos negros e longos, vai descendo e mostra abaixo da cintura uma cauda prata de sereia, escamas que brilham com a luz vinda da lua. Marina arregala os olhos. Assustada.
MARINA: Quê isso?! Quem é você?!
A bela sereia sorri para Marina, olhos marejados. Emocionada.
PERSÉFONE: Eu sou sua mãe, Marina.
MARINA: (Nega) Você é uma... (Ri nervosa) É brincadeira isso! Sereias não existem!
PERSÉFONE: Minha filha... Eu sou uma sereia... Assim como você!
Marina não entende nada. Perséfone fecha os olhos. Uma luz brilhante ronda Marina, que fecha os olhos e vai entrando no mar, encantada sob um feitiço. Ela mergulha nas águas escuras. Instantes. Ao retornar, Marina olha para suas pernas que “sumiram” e em seu lugar, uma bela cauda de sereia na cor dourada se destaca. Marina assustada com aquilo. Ela encara Perséfone, sem entender. Closes alternados. CLOSE FINAL em Marina.
🧜🏻♀️ • A CENA CONGELA EM TONS AZUIS E UMA CAUDA DE SEREIA PASSA SOBRE A TELA, COBRINDO TUDO. • 🧜🏻♀️
[Encerramento]: https://youtu.be/2wy6NqQrA3k
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