CENA 07: (CASA DE BERNADETE/QUARTO DE DEUSUITE/INTERIOR/DIA)
A cena clareia. Vemos Deusuite deitada ao lado de um homem, esse é Arnaldo (Danton Mello), o homem cujo ela se casou de forma arranja, tempos depois da partida de Neuza. Ele tinha algumas posses, mas perdeu afundado em dívidas. Ela acorda e em seguida ele também. Os dois ficam se encarando.
ARNALDO: Você não vai me dar bom dia não, é? Já vais estragar o primeiro dia de 2021?
DEUSUITE: Por que tu queres colocar a culpa de tudo em mim? Oxe. Eu estava esperando você ser carinhoso comigo!
ARNALDO: E eu sou bichinha pra tá ficando abilolado dando carinho? Me respeite!
DEUSUITE: Tu és um cavalo! Faço de tudo para ser uma boa esposa, lavo, passo, cozinho e tu só me trata mal.
Deusuite enquanto falava estava com o dedo levantado para ele, Arnaldo pega o braço dela e aperta fortemente, fazendo ela abaixar seu dedo.
ARNALDO: OLHE AQUI! Você me respeite. Não faz mais que sua obrigação como mulher! E mais, nunca mais na sua vida pense em levantar o dedo mindinho pra mim!
A mulher fica intimidada, ele iria continuar a falar, mas o barulho da obra que está acontecendo atrapalha. Eles se levantam para se trocar e irem comer.
🍓
CENA 08: (CASA DE BERNADETE/COZINHA/INTERIOR/DIA)
Bernadete e Aurélio estão lendo ao jornal e tomando os seus cafés da manhã. Deusuite e Arnaldo chegam do quarto, vemos que Deusuite passou base em cima de onde Arnaldo apertou para disfarçar o machucado.
DEUSUITE: Bênção mainha, bênção painho! Bom dia.
ARNALDO: Bom dia, sogrão! Bom dia, sogrinha. Feliz ano novo!
BERNADETE: Bom dia. Feliz ano novo para vocês também!
AURÉLIO: Bom dia. Feliz ano novo!
Deusuite e Arnaldo se assentam na mesa e começam a tomar café, o barulho da obra continua a ecoar por todos os cantos, eles demonstram incômodo.
ARNALDO: E esse barulho que não acaba mais! Essa obra parece que nunca tem fim.
DEUSUITE: Mas a pergunta que não quer calar é sobre o que é essa obra. Pelo que deu pra ver é bem grande!
AURÉLIO: Parece que vai ser uma fábrica e que está quase pronta.
BERNADETE: Uma fábrica de doces pelo o que eu ouvi, faltam poucos dias para que seja tudo finalizado. Agora, de quem é, ninguém sabe.
Eles se entreolham e demonstram ar de curiosidade, mas acabam relevando e voltam a comer.
🍓
CENA 09: (FAZENDA/RIACHO/EXTERIOR/DIA)
Trilha Sonora: Instrumental - Timeless (https://youtu.be/MaeuQIIbEuo)
Tales, com aparência mais velha, já de homem maduro, anda pelas redondezas do riacho. Ele lembra de todos os momentos que passou ao lado de Neuza Luana naquele local, e no final sempre vem o remorso e a lembrança da humilhação que ele fez a mesma passar. O homem nunca se perdoou pelo que fez, o dinheiro que recebeu por um tempo até supriu, mas a fazenda está caindo aos pedaços e cada vez mais afundada em dívidas que não acabam. O clima é cortado quando o celular de Tales começa a tocar, ele atende.
TALES: Alô?
🍓
CENA 10: (FARAQUINHA/FACHADA DA FÁBRICA/EXTERIOR/DIA)
O áudio da cena anterior é conectado nessa. Vemos a fachada da fábrica que está sendo concluída, alguns homens que estão trabalhando começam a tirar o adesivo que cobre o nome do local. Tales continua conversando ao telefone:
TALES (off): O proprietário da fábrica está chegando? (T) Ah, é proprietária! Interessante, qual o nome dela? (T) Só pode dizer o nome da fábrica por enquanto? E qual é? (T) Como…
Os homens que estão trabalhando retiram o adesivo e é revelado a fachada da fábrica com o seguinte nome: DOCE SABOR.
TALES (off): Ah, Doce Sabor! Lindo o nome.
🍓 A câmera congela no nome da fábrica estampado na fachada. Uma poeira cor-de-rosa com morangos passa na tela, encerrando o capítulo. 🍓
Comentários
Postar um comentário