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Meninos e Meninas: Episódio 03

CENA 4: INTERNA. COLÉGIO ANGLO. DIA

Jade está no banheiro retocando sua maquiagem. Apesar do horário cedo, a maquiagem da menina já é bem forte. Um delineado bem marcado e uma leve sombra com tons voltados ao roxo. Enquanto se maqueia ela se olha no espelho, analisando sua cintura.

JADE - Nossa... A minha mãe tinha razão. Realmente eu estou muito gorda. Acho que está na hora de eu voltar a malhar.

Manu entra no local, para lavar as mãos. As duas se olham pelo espelho.

MANU - Oi.
JADE - Oi, Manu.
MANU - Aproveitando que você está aqui, a gente pode conversar sobre o que aconteceu?

Jade revira os olhos e encara a menina, um pouco estressada.

JADE - Não aconteceu nada. Foi só um beijo, o que tem demais?
MANU - Eu sei que pra você foi só isso, porque você é acostumada a beijar e ficar com várias pessoas. Mas isso é novo pra mim.
JADE - Desculpa, mas sinceramente eu não tenho nada haver com isso.
MANU - Jade, eu gostei do que aconteceu. E eu sei que ainda é muito cedo, mas...
JADE - Manuela para de ser emocionada. Eu só te beijei, a gente nem se tocou direito. Ninguém pode ficar sabendo disso.
MANU - Como assim?
JADE - Eu não quero magoar o Victor.
MANU - Eu já te disse que eu eu não tenho nada com o Victor.
JADE - Mas está na cara que ele gosta de você. E eu não quero magoar o meu amigo.
MANU - Eu acho que isso é coisa da sua cabeça.
JADE - Você é muito ingênua. Por que você acha que ele é tão legal com você? O Victor é a melhor pessoa que eu conheço, o meu melhor amigo. Mas ele ainda é homem. E acredite, os homens são todos iguais. Ele pode parecer o cara mais incrível do mundo, mas ele só quer fuder com você.
MANU - Por que você tá falando isso dele? Eu pensei que você gostasse do Victor.
JADE - Eu gosto do Victor. Justamente por isso eu não quero que ele fique sabendo do que aconteceu. Eu só estou te mandando a real, qual o problema disso?
MANU - Pelo visto você não gosta de ninguém...
JADE - O que aconteceu não significou nada pra mim. Você é muito egocêntrica para o meu gosto.
MANU - Egocêntrica?
JADE - Você acha que o mundo gira em torno de você. Acha que sabe muito sobre tudo. Mas você é só uma adolescente de merda igual todo mundo aqui. Abaixa um pouco a sua bola.
MANU - Você é muito louca, garota. Desculpa se por algum motivo eu te irritei, não foi o meu objetivo. E relaxa que agora eu faço questão de não falar com você mesmo.

Manu se retira do local, bem cabisbaixa. Jade volta a atenção ao espelho. Ela respira fundo e logo continua a se maquiar.

VICTOR - (narrando) Talvez agora vocês estejam um pouco assustados com a Jade. Mas relaxa... Ela não é uma vilã. A forma que ela aprendeu a lidar com os sentimentos dela, foi fingindo que eles não existem. Ela não tem tempo para desenvolver laços, afinal de contas o troféu no fim do ano é muito mais importante. A Jade pode ser bem dura às vezes, mas quanto mais ela tenta machucar os outros, mais ela machuca a si mesma.

Por baixo, a câmera mostra um par de tênis em uma das cabines do banheiro. A imagem vai se aproximando aos poucos e logo podemos enxergar que tinha alguém ali, escutando a conversa.

VICTOR - (narrando) Ela só não contava que a pessoa que estava fazendo a cabeça dela ficar pilhada, estava naquele banheiro também.

Por dentro da cabine, podemos ver Sarah um pouco assustada com as coisas que acaba de ouvir.

CENA 5: INTERNA. CASA DE VICTOR. DIA

Márcia está sentada, em frente a televisão assistindo a algum programa matinal genérico. A campainha toca.

MÁRCIA - Será que a mãe esqueceu as chaves? Não é possível...

Ela parte em direção a porta e abre, dando de cara com Dom (Milhem Cortaz). A mulher se espanta.

MÁRCIA - Dom? O que você está fazendo aqui?
DOM - Há quanto tempo minha querida, Márcia.
MÁRCIA - Quanto tempo? Eu não te vejo há catorze anos.

Dom empurra Márcia de leve e adentra a casa. Ela fecha a porta e vai seguindo ele, bem chocada. Muito folgado, ele logo se senta no sofá de forma bem espaçosa.

DOM - Essa casinha continua a mesma coisa, é impressionante.
MÁRCIA - Dom, o que você quer?
DOM - Eu fiquei sabendo da morte do Thyago... Eu queria saber o que aconteceu com ele.
MÁRCIA - O que aconteceu com ele?

Márcia pega algumas revistas e outros objetos pequenos que estavam sob a mesa da sala e joga contra Dom, muito raivosa.

MÁRCIA - Você destruiu a vida do meu filho, seu desgraçado. Infeliz, maldito!!!

Márcia parte para cima de Dom desferindo vários tapas sobre o ex-marido. Dom segura ela com força e a joga contra o sofá.

DOM - Sem stress, Márcia. Eu só quero saber da porra do meu filho.
MÁRCIA - Seu filho é o caralho! Meu filho! MEU FILHO!
DOM - Você fez sozinha por acaso?
MÁRCIA - Eu criei sozinha. Como você pode ser tão canalha desse jeito? Chegar assim como se tivesse me visto ontem? Você abandonou a mim, ao Thyago e ao Victor e nunca mais deu sinal de vida.
DOM - Vai dizer que você não sabia onde eu estava esse tempo todo?
MÁRCIA - Eu contratei um detetive na época, que me deu pistas suas. Eu sei que você passou pelo Rio, por Minas. Mas pouco me importa onde você estava. Onde você de fato deveria estar, você não estava.
DOM - Para com isso, Márcia. Isso tudo é culpa sua. Sua e do pirralho mais novo. Você sabe que eu nunca quis outro filho. O Thyago já estava de bom tamanho.
MÁRCIA - Larga de ser cretino! Você abandonou o seu filho num hospital de câncer com dois anos de idade, seu verme! Se você soubesse o nojo que eu sinto de você. A vontade que eu tenho de te matar, de acabar com você.
DOM - Você ainda me ama, Márcia. Eu sei que você ainda me ama. Eu estou aqui para te falar que a gente pode construir uma vida juntos.
MÁRCIA - Para de ser doido, homem. O que você quer de mim a essa altura da vida? Qual o seu golpe dessa vez?
DOM - Só eu e você. Deixa o pirralho com a tua mãe e eu te levo para o Rio de Janeiro. Lá eu sou o chefe. Eu e meu parceiro mandamos naquela cidade.
MÁRCIA - Então foi isso que você se tornou? Um miliciano... Que merda! Você era um menino tão bom, tinha um futuro pela frente. Jogou tudo no lixo.
DOM - No lixo? Eu vivo a vida dos meus sonhos, Márcia. Eu tenho tudo o que eu quero. Eu tenho um jatinho caralho.
MÁRCIA - Mas a noite você consegue deitar a cabeça tranquila no travesseiro?
DOM - Ninguém deita a cabeça tranquila no travesseiro em favela. Eu não sou excessão.
MÁRCIA - Você é uma das pessoas mais baixas que eu já vi na vida, Dom. Você é de uma maldade, de uma frieza tão grande.
DOM - Eu precisei ser frio. Eu precisei ser frio para eu conseguir o melhor pra mim.

Márcia se levanta do sofá e fica cara a cara com Dom.

MÁRCIA - O melhor para você era ter ficado junto da sua família, criado os seus filhos. Talvez assim um não estaria morto agora.
DOM - Eu penso grande, Márcia. O Victor sobreviveu, que bom. Mas ele tinha tudo para ter morrido. Eu não podia perder meu tempo em uma coisa sem futuro. Gastar rios de dinheiro em quimioterapia, para o moleque morrer no final.
MÁRCIA - O moleque era seu filho, seu doente. Seu filho. Uma criança de dois anos.
DOM - Pra começar, esse moleque veio de intrometido. Eu nunca quis ter um segundo filho. Eu falei pra você tirar na época, você não quis.
MÁRCIA - Se dê ao respeito, homem. O Victor é meu filho, meu menino de ouro. Você não tem nada haver com isso. Você quis assim.
DOM - Eu não nasci para viver essa vidinha miserável em periferia, Márcia. Se for pra morar em favela, eu vou mandar na favela caralho. É assim que eu penso.
MÁRCIA - Porque você é doente. Você só pensa em dinheiro, em poder. A sua família nunca importou para você. Eu me lembro de tantas vezes... Tantas vezes que você saia no sábado, me deixava sem um real no bolso, sem comida e só voltava na segunda. Eu tinha que ir comer na minha mãe com o Thyago recém-nascido...

Algumas lágrimas escorrem pelo rosto de Márcia, mas não parecem ser de tristeza. Ela parece sentir muita raiva.

MÁRCIA - Se for parar pra pensar você nunca prestou na verdade. Eu me apaixonei por uma versão de você que eu criei na minha cabeça.
DOM - Eu gostava de você de verdade, Márcia. Todas às vezes que eu falei que te amava, eu...
MÁRCIA - Vai se fuder, Dom. Nós já temos idade o suficiente para ter o mínimo de vergonha na cara. Você nunca gostou de mim. Você nunca pensou em mim. Você não pensa em ninguém, na verdade.

CENA 6: INTERNA. COLÉGIO ANGLO - SALA DOS PROFESSORES. DIA

Rafael está sentado sozinho na sala dos professores tomando um café, enquanto corrige algumas provas. Kiara passa pelo corredor e o observa pela janela. Ela adentra a sala.

RAFAEL - O que você está fazendo aqui?
KIARA - Só vim te dar um beijo. É proibido?
RAFAEL - Lógico. Aqui é a sala dos professores.
KIARA - E você está vendo algum professor aqui?

Kiara vai até Rafael e o beija. Ele a afasta.

RAFAEL - Eu já te falei, se eu perder meu emprego por sua causa acabou.
KIARA - Rafael, deixa de drama. Afinal de contas, que porra a gente é? Você me trata como se eu fosse uma ninfetinha que você pega a hora que quer. Isso é nojento.

Rafael segura a mão de Kiara e olha em seus olhos, com um tom de manipulação.

RAFAEL - Eu gosto de você. Mas o nosso amor é complicado. As pessoas jamais entenderiam.
KIARA - Eu não me importo com o que as pessoas pensam. Eu gosto de você e ponto final.
RAFAEL - Você pode não se importar, mas eu me importo. São essas pessoas que pagam o meu salário. Eu não quero abrir mão do meu emprego, mas eu também não quero abrir mão de você.
KIARA - Eu não sou obrigada a ficar nessa situação. Eu mereço mais.
RAFAEL - Como você pode ser tão egoísta? Você não percebe que está acabando com a nossa relação? É isso que você quer?

Rafael solta a mão dela e começa a alterar a voz.

RAFAEL - Responde. É isso que você quer, Kiara? Que a gente pare de se encontrar?
KIARA - Desculpa. Eu sei que estou sendo imatura e boba. Eu vou melhorar.
RAFAEL - Eu espero. Agora me dá licença por favor. Antes que alguém te veja aqui.

Kiara se retira do local, com os olhos marejados. Rafael sorri de canto.

RAFAEL - Se não fosse tão gostosa, eu não olhava mais na cara dessa pirralha.

CENA 7: INTERNA. COLÉGIO ANGLO - GRAMADO. DIA

Manu está sentada com as pernas encolhidas em um banco no pátio externo, perto ao gramado da escola. Victor nota ela um pouco triste e vai até a garota.

VICTOR - Está tudo bem, Manu?
MANU - Sim, tudo bem...

Ela observa o horizonte. Victor se senta ao seu lado e os dois passam a observar o jogo de futebol dos alunos que estavam na quadra ali por perto.

MANU - Você promete pra mim que tudo que você falou para mim até hoje foi de coração, Victor?
VICTOR - Que papo é esse, Manu?
MANU - Nada, deixa para lá. É só que... As pessoas parecem tão vazias. Tão superficiais. Só que você é diferente. Você sempre me parece tão real. Tão escancarado, aberto.
VICTOR - Eu sinto a mesma coisa com você. Pra mim você é um fecho de luz de sinceridade em meio a uma escuridão de superficialidade e aparências.
MANU - Poético...
VICTOR - Eu li num livro, claro. Mas de coração, você é uma pessoa muito única. Porque você é de verdade. Isso pode parecer muito batido, mas é raro hoje em dia. É difícil uma pessoa ter coragem de ser real. De dar a cara a tapa.

SONOPLASTIA: https://youtu.be/DdSneCL2Uhw

Manu olha para Victor, amando as coisas que o rapaz está falando. Os cachos do cabelo do menino parecem mais harmônicos a visão da menina. A boca dele nunca pareceu tão rosada e convidativa. Mas logo, a sua conversa com Jade agora a pouco vem a sua cabeça. FLASHBACK OFF:

JADE - (off) "Ele pode parecer o cara mais incrível do mundo, mas ele só quer fuder com você."

O flashback se encerra. Manu continua observando o rosto de Victor e como cada detalhe parece muito bem esculpido. Os olhos no tom correto, surgindo do castanho e passeando pelo mel. Ela não conseguia enxergar em Victor as coisas que Jade havia lhe dito. Mas ela já era tão quebrada por dentro, que esperava o pior de qualquer um.

MANU - Eu acho que só estou com um pouco de dor de cabeça. Vou até a enfermaria.

CENA 8: INTERNA. CASA DE VICTOR. DIA

A cena continua de onde a CENA 4 havia parado. Márcia passeia pelo local muito transtornada.

MÁRCIA - Eu fico pensando... Como eu fui burra! Como eu fui ingênua de acreditar nas coisas que você me falava. Você fazia uma merda atrás da outra e eu te perdoava, porque eu era dependente de você. Eu precisava de você para viver.
DOM - Você sempre foi bastante independente, Márcia. Não seja tão dramática, também.
MÁRCIA - Independente? Tudo que eu fazia na minha vida era em prol de você. Sim, eu trabalhava. Trabalhava para pagar as SUAS contas.
DOM - Acabou o seu showzinho de lamentações? Eu só vim até aqui para saber notícias do meu filho.
MÁRCIA - Você some durante anos e reaparece assim... Acha que isso é normal? Você é doente. Você precisa se tratar.
DOM - Eu nunca sumi, Márcia. Se você quisesse, você tinha me encontrado.
MÁRCIA - Quem foge não quer ser encontrado. E você fugiu. Fugiu sem mais nem menos. Tanto que no papel a gente ainda é casado até hoje.
DOM - E vai permanecer assim. Você sempre vai ser minha mulher.
MÁRCIA - Sua mulher é o caralho. Você nunca me quis, só quer me prender judicialmente porque te beneficia.
DOM - Se você quisesse mesmo se divorciar de mim, você já tinha ido atrás.
MÁRCIA - Eu não sei se você sabe, mas nos últimos catorze anos eu estive levando o MEU filho de seis em seis meses para Goiânia fazer exame. Nos últimos catorze anos eu tive que trabalhar, cuidar da casa, cuidar do Victor, cuidar da minha mãe. Tem anos que eu não boto os pés em um shopping. Eu não tive vida nos últimos catorze anos. Você acha mesmo que eu ia despediçar o pouco tempo que me resta, indo atrás de divórcio?
DOM - Cada um com a sua correria. Os meus últimos catorze anos também foram intensos.
MÁRCIA - Imagino. Você deve ter fugido da polícia muitas vezes nesse meio tempo.
DOM - Nunca conseguiram me pegar e nunca vão conseguir. Eu sou Dom, caralho. Eu não sou qualquer merdinha por aí. E o polícia que chegar perto de mim, toma bala na cabeça. Comigo é assim. Fardado bom, é fardado com a boca aberta cheia de formiga.
MÁRCIA - Quem diria que eu iria viver para ver o homem que eu mais amei na vida se tornar um bandidinho qualquer.
DOM - Eu não sou bandido.
MÁRCIA - Você é um bandido.
DOM - Cala essa sua boca, Márcia.

Dom bate com força na parede esbravejando. Márcia se aproxima dele, sem medo.

MÁRCIA - Você é e sempre vai ser um bandidinho qualquer. Primeiro porque você não tem nem capacidade para ser maior que isso.
DOM - E você? Você é uma louca, desequilibrada... Deveria me agradecer por eu ter te dado um filho, pelo menos. Se não, estaria uma solteirona até hoje.
MÁRCIA - Nem parece que você vivia correndo atrás de mim, quando éramos jovens.
DOM - Você era um menininha virgem. Era quase questão de honra saber qual dos moleques do colégio ia te comer primeiro.

Márcia avança em Dom, desferindo mais uma sequência de tapas sobre o homem. Ele revida dando uma forte bofetada em Márcia, que cai no chão desorientada.

DOM - Eu vou embora antes que eu seja obrigado a te comer na porrada. Já deu para perceber que você continua a mesma maluca de sempre. Espero que a gente não se veja nunca mais.

SONOPLASTIA: https://youtu.be/-cCPDtpM2f8

Dom se retira do local, muito nervoso. Ele bate a porta com força. Márcia passa a mão por onde Dom a machucou e nota que está sangrando um pouco. Ela desaba em lágrimas.

CENA 9: INTERNA. COLÉGIO ANGLO - ENFERMARIA. DIA

O local está vazio. A funcionária do local provavelmente saiu. Manu está tomando um comprimido para dor de cabeça.

MANU - Quanto remédio tem aqui... Nem sabia que esse tipo de coisa era autorizada, sem um farmacêutico.

Ela se levanta e vai até o banheiro da enfermaria. Nesse meio tempo, Sônia e Humberto entram no local aos beijos.

HUMBERTO - Você tem certeza que não tem ninguém aqui?
SÔNIA - Por acaso você está vendo alguma alma nesse lugar?

SONOPLASTIA: https://youtu.be/9R0CEP-ntXw

Logo eles voltam a se beijar ofegantes. As mãos de Sônia, desabotoam a camisa social que Humberto usava. Manu estranha a movimentação e olha pela janela do banheiro. Ela se assusta e tranca a porta.

MANU - Essa é a diretora? Meu Deus... Como eu vou sair daqui agora?

Já com a camiseta aberta, Sônia beija toda a extensão do corpo de Humberto até chegar a barra de sua calça. Ela abre, mas não abaixa completamente. Humberto arfa com os toques. Sônia passa a língua pelo pênis do homem, ainda coberto pela cueca.

Sem muita demora, ela arranca a peça íntima e começa a praticar sexo oral no homem. Humberto segura os cabelos dela, para que ela vá mais fundo.

MANU - Eu preciso ir embora daqui meu pai do céu. Por que esse tipo de coisa acontece comigo?

Humberto joga Sônia contra uma mesa que estava no local e sobe a saia que ela usava. Ele não tira a calcinha da mulher, apenas afasta um pouco. Logo ele a penetra e começa estocar com muita força. Ela geme em prazer de forma contida por conta do local, onde está.

CENA 10: INTERNA. COLÉGIO ANGLO - SALA DE AULA. DIA

Evelly está sentada em uma carteira ao lado da de Alan. O rapaz parece um pouco desligado do que ela fala.

EVELLY - E depois disso, a minha amiga foi embora de Paris. Não é engraçado?
ALAN - Sim, muito engraçado. Sabe o que eu estava pensando, amor?

Evelly cora.

EVELLY - Do que você me chamou?
ALAN - Sei lá... Acho que te chamei de amor.

Alan diz sonso. Ele sabe perfeitamente como manipular a menina. O rapaz passa as mãos por trás do cabelo dela.

ALAN - A minha casa de praia está em reforma. Bem que você podia me ceder a sua, para eu fazer uma social com uns amigos.
EVELLY - Claro... Aí eu poderia chamar algumas amigas também, e depois...
ALAN - Não, acho que você não entendeu. A festinha seria só eu e os caras. Sem mulheres. Sabe como é né?

Evelly esmurece.

EVELLY - Sim, eu entendo. Passa em casa mais tarde para pegar as chaves.
ALAN - Beleza.

Alan beija a morena, sem qualquer sentimento. Do outro lado da sala, sem que ninguém perceba, Ítalo toma um remédio controlado. Victor chega e se senta ao seu lado.

VICTOR - Eu acho que eu vi o seu pai entrando na escola, agora pouco.
ÍTALO - Pode ter certeza que não foi a mim que ele veio visitar. Lembra do que eu te falei?
VICTOR - Eu pensei nisso na hora também. Mas, não se preocupa com isso não.
ÍTALO - Por mim esse bosta pode fuder com a Sônia no meio do pátio, eu tô cagando. Ele sabe muito bem o que ele faz da vida dele.
VICTOR - Eu passei o intervalo todo te procurando. Por que você ficou na sala?
ÍTALO - Aqui tá geladinho, sem barulho. Não vejo motivo para ficar naquela selva lá fora. A aula agora depois do recreio é de quem mesmo?
VICTOR - Acho que é de gramática, sei lá...
ÍTALO - Detesto aquela professora.

Jade entra na sala e se dirige a sua carteira. Sarah vai até ela.

SARAH - Achei muito legal o que você falou no banheiro mais cedo.
JADE - Do que você tá falando?
SARAH - Eu acho incrível como você é uma pessoa mesquinha e individualista. Sinceramente, eu acho que o Victor não merecia ser amigo de alguém como você.

Ao ouvir seu nome, Victor começa a prestar atenção na conversa das duas. Ítalo não entende bem a situação. Alan começa a filmar a discussão.

JADE - Isso são só ofensas gratuitas ou eu te fiz alguma coisa que eu não estou sabendo?
SARAH - Você é baixa, Jade. Você vive num muro de aparências e de perfeição. Só que na verdade você só é uma vadia.
VICTOR - Sarah, o que a Jade te fez? Você não acha que está pegando um pouco pesado?
SARAH - Você é tão bobo, Victor. Se você pensa que essa aqui é sua amiga, ela não é.
VICTOR - Do que você está falando?
SARAH - Estou falando do fato de que ela beijou a Manu e depois obrigou ela a não falar pra você. Também sobre o fato de que ela disse para Manu que você só era legal com ela porque queria transar. Entre vários outros absurdos.
VICTOR - Isso é verdade, Jade?
JADE - Claro que não. Essa menina é louca. Nem sei de onde ela tira essas coisas.
SARAH - Para de ser sonsa, Jade. Você é uma pessoa horrível. Sem a menor empatia por ninguém. Você tá fazendo com a Manu o mesmo que você fez comigo. Ou você também não quer que ninguém saiba que a gente transou na festa do Alan?

Sarah fala alto para que todos presentes no local escutem. Logo a turma toda começa a cochichar.

JADE - Eu estava bêbada. Sóbria eu jamais teria ficado com alguém como você.
SARAH - Conta outra, Jade. Você fica com qualquer um. Não que tenha algum problema, o corpo é seu. A questão é como você trata as pessoas depois disso.
JADE - O que foi? Por um acaso você esperava que eu trouxesse um buquê de flores para você no dia seguinte só porque eu te chupei? Se toca, menina.
SARAH - Se toca, você. Aprenda a ser menos egocêntrica e falsa. Você não vai conseguir nada na vida assim.

Manu entra na sala de aula apavorada com o que acaba de ver na enfermaria. Provavelmente ela teve que esperar Sônia e Humberto encerrarem o ato. Ela não entende o porquê de toda a algazarra.

VICTOR - Eu não estou acreditando que você falou isso pra Manu, Jade. Você não tinha direito de falar esses absurdos. Se você quer saber, sim, eu gosto da Manu. Mas eu não quero fuder com ela, eu gosto dela de verdade. Eu não sou vazio como você.
JADE - Victor, me perdoa. Eu falei sem pensar. Eu sei que você é uma boa pessoa. Essa menina está falando de má fé, eu...
SARAH - Eu estou contando exatamente o que você disse no banheiro, Jade. Não seja cínica.
JADE - Eu deveria quebrar a sua cara. Intrometida do caralho. Isso tudo não tem nada haver com a sua vida.

A professora entra na sala, um pouco assustada com a gritaria no local.

PROFESSORA - Gente, está dando de ouvir a voz de vocês do outro lado do corredor. O que está havendo aqui? Quero todos nos seus lugares.

Jade fica muito nervosa com a situação. Ela olha ao redor e percebe que todos os alunos estão com os olhos voltados para ela.

PROFESSORA - Jade, se sente por favor. Está tudo bem?
JADE - Filha da puta, maldita!

Jade avança em Sarah. Ela a puxa pelo cabelo e bate com a cabeça da menina na carteira, deixando um corte bem grande na cabeça de Sarah. Todos correm para apartar a briga. Jade se desespera após tomar consciência da atitude impulsiva.

VICTOR - Jade, você enlouqueceu? O que deu em você hoje?

SONOPLASTIA: https://youtu.be/RDp6aO3axmI

Ela começa a chorar desesperadamente. Pega sua mochila e sai da sala correndo. Manu e Ítalo tentam levantar Sarah, que está zonza.

CENA 11: EXTERNA. RUAS. DIA

A eletrônica de Jão, segue embalando a cena. Jade corre sem rumo pelas ruas de São Paulo. Os carros são obrigados a freiar bruscamente para não atropelar a garota.

VICTOR - (narrando) Tudo que é de vidro, em algum momento tende a quebrar. Uma hora isso iria acontecer com a Jade.

CENA 12: INTERNA. CEMITÉRIO. DIA

Dom passeia pelo cemitério. Logo ele chega até o túmulo de Thyago e observa a foto do filho.

DOM - Vou sentir sua falta, filhão. Pode parecer que não, mas eu me importava com você. Tu era meu moleque, porra.

Ele joga algumas flores sobre a lápide do filho e se retira do local. A câmera vai se afastando mostrando o homem saindo do local, enquanto a imagem escurece aos poucos.

[Encerramento]: https://youtu.be/3hi2U8t2ZBs

 

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